segunda-feira, 20 de julho de 2009

Coisas poéticas

A MORTE EM TRÊS TEMPOS


I

Anti-soneto do fim

De repente o silencioso branco nos cabelos e na lembrança.
O corpo vazio em desejos. Pleno em desvarios.
Os pés que temem o passo em direção ao nada, se arrastam ao abismo do passado.
De repente não mais que de repente só na multidão de ausentes.
Felicidade veste silêncio, riso lamento.
De repente sangram todos os sonhos. A vida se esvai com as quimeras.
De repente não mais que de repente.





II

Mão em tua mão. Boca em tua boca. Sexo em teu sexo.
Sei de ti?
Brigas sem bridas. Sexo sem nexo. Vidas sem vida
Sei de ti?
Gelo nas mãos. Branco no rosto. Flores no corpo.
Nunca soube de ti.



III


Chilapt chuin, chilapt chuin, chilapt chuin
E foi-se o bichin, ceifado pela foice

Um comentário:

  1. Você acaba de inventar um gênero novo, juntando poesia com os finais surpreendentes dos contos.
    Fez um poeconto. Gostei do final da foiçada onomatopéica.

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